Carteira Recomendada de BDRs e ETFs – Agosto 2025

Carteira Recomendada de BDRs e ETFs – Agosto 2025

Foto de perfil divertido com frase engraçadaFilipe Villegas
Estrategista de Ações

 

Acompanhe o conteúdo e veja os melhores BDRs e ETFs para investir em agosto de 2025.

Nos mercados globais, as bolsas americanas, Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq, registraram novas máximas históricas ao longo de julho. Esse desempenho foi sustentado pela percepção de uma economia dos EUA resiliente, porém em desaceleração controlada, o chamado “pouso suave”, além da queda da volatilidade, com o índice VIX atingindo níveis mínimos históricos.

O dólar global, medido pelo índice DXY, indicou uma recuperação após dados econômicos mais fortes nos EUA. Já as taxas de juros de longo prazo nos EUA, especialmente títulos de 10 e 30 anos, sofreram pressão para alta, com os títulos de 30 anos se aproximando de 5%. Esse movimento reflete a atuação dos chamados “bond vigilantes”, mercado que exige juros maiores para financiar o crescente endividamento americano.

Por fim, os recentes acordos comerciais dos EUA com Japão e Zona do Euro, que estabeleceram tarifas de 15%, junto à extensão por mais 90 dias da trégua tarifária com a China, reduziram os riscos de uma desaceleração global mais severa, trazendo maior estabilidade ao cenário econômico internacional.

Desempenho no mês

Cenário Macro

Estados Unidos

Nos Estados Unidos, dados recentes indicam que a economia segue resiliente, com um mercado de trabalho ainda robusto. Em junho, o Payroll surpreendeu positivamente, com a criação de 140 mil novas vagas, embora o setor privado tenha gerado 77 mil. O índice ISM de manufatura mostrou desempenho melhor que o esperado, apesar da desaceleração em novas ordens e emprego, enquanto o ISM de serviços registrou expansão nas novas ordens.

A confiança do consumidor atingiu sua maior alta desde fevereiro, impulsionada pela valorização das bolsas, que também refletiu nas vendas no varejo, que superaram estimativas após dois meses de queda. O Federal Reserve mantém postura cautelosa, afirmando que a economia não está “gritando por ajuda” e que há espaço para “esperar para ver” o efeito das tarifas na inflação. A possibilidade de cortes de juros em julho foi praticamente descartada, com o mercado projetando apenas dois cortes no ano. A taxa de desemprego recuou para 4,1%, enquanto a inflação de bens teve leve alta e a inflação de serviços se manteve estável.

Caso os dados permaneçam fortes, o Fed pode adotar uma postura mais rígida, com juros “mais altos por mais tempo”. A política fiscal expansionista, com aumento da dívida acima de US$ 3 trilhões sob o governo Trump, é um fator de atenção para juros longos e inflação.

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China

Na China, a economia apresentou resultados mistos. O PIB cresceu 5,2%, acima do esperado, impulsionado pela produção industrial. Porém, preocupa a deflação persistente no preço ao produtor, que já dura 33 meses consecutivos, e a fragilidade do setor imobiliário, com investimentos caindo 11% e preços recuando 15%. Esses indicadores reforçam a necessidade de mudança no modelo de crescimento chinês, priorizando o consumo interno em vez das exportações. Em resposta, o governo sinalizou medidas para frear a guerra de preços deflacionários e reduzir o excesso de capacidade industrial. O minério de ferro reagiu positivamente a essas ações, atingindo US$ 105.

Brasil

A curva de juros brasileira de longo prazo registrou alta, com as taxas subindo devido à combinação de pressões nos juros globais e a situação fiscal doméstica desafiadora. A taxa Selic, mantida em 15%, reflete um custo elevado que o país paga para financiar seu crescimento baseado em endividamento.

Atualmente, a dívida pública bruta alcança 76,6% do PIB, e as projeções do Tesouro Nacional indicam que essa dívida pode chegar a 86% do PIB até 2026, representando a segunda maior deterioração fiscal em um mandato presidencial desde 2013, comparável ao período pós-Dilma. Esse contexto fiscal limita a possibilidade de quedas mais expressivas nos juros de longo prazo no Brasil.

Além disso, sinais recentes mostram que a economia começa a reagir ao custo elevado do dinheiro. A confiança nos setores de serviços e comércio caiu, enquanto o índice de atividade econômica do Banco Central (IBC-Br) desacelera. Apesar da taxa de desemprego estar em níveis historicamente baixos, de 5,8%, preocupa a sustentabilidade do crescimento da massa salarial sem ganho de produtividade, situação que pode pressionar a inflação no futuro.

 
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ESTRATÉGIA: como estamos nos posicionando

Mantemos o foco em ações americanas dos setores de tecnologia e inteligência artificial, que têm sustentado a alta da bolsa, mesmo diante de valuations elevados. As perspectivas favoráveis de lucro e a expectativa de cortes de juros pelo Fed reforçam o potencial de crescimento desses segmentos para impulsionar os índices.

No mercado de renda fixa brasileiro, reduzimos a exposição em títulos pré-fixados, aumentando a alocação em títulos pós-fixados. Essa estratégia busca diminuir os riscos relacionados à incerteza fiscal e à inflação no curto prazo, aproveitando a remuneração atrativa dos juros altos em um cenário de Selic estável, com menor volatilidade de mercado.

Carteira BDR 5+

A carteira BDR 5+ apresentou uma alta de 8,19% no mês de julho. No mesmo período, o Índice de BDRs (BDRX) obteve um desempenho positivo de 6,15%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade baixa de -12,34% contra uma baixa de -1,70%, no mesmo período, do Índice de BDRs (BDRx). Em relação ao mês de julho, saíram as ações da Citigroup (CTGP34), Asml (ASML34) e Pfizer (PFIZ34). Com Inclusão das ações da Aura 360 (AURA33), Oracle (ORCL34) e Palantir Technologies (P2LT34).

A Carteira BDR 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice de BDRs Não Patrocinados-GLOBAL (BDRX) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas BDRs de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 1 milhão fazem parte do universo de escolhas.

Carteira RF+

A carteira RF+ apresentou uma alta de 1,20% no mês de julho. No mesmo período, o CDI obteve um desempenho positivo de 1,22%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 7,86% contra uma alta de 7,72%, no mesmo período, do CDI. Em relação ao mês de julho não houve alteração da carteira, apenas dos pesos dos ativos.

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