Carteira Recomendada de BDRs e ETFs – Abril 2025

Carteira Recomendada de BDRs e ETFs – Abril 2025

Foto de perfil divertido com frase engraçadaFilipe Villegas
Estrategista de Ações

 

Carteira Recomendada de BDRs e ETFs – Abril 2025

Acompanhe o conteúdo e veja os melhores BDRs e ETFs para investir em abril de 2025.

A incerteza internacional ganhou força em março, intensificando os desafios que têm pressionado os mercados desde o início de 2025. O movimento predominante foi de baixa para as principais bolsas globais, enquanto ativos considerados portos seguros, como o ouro e moedas de alguns países, registraram valorização.

Os Estados Unidos continuam no centro das atenções devido ao seu peso econômico e à atual fase do ciclo, marcada por viés protecionista e foco em tarifas comerciais. Esse ambiente tem afetado a confiança de consumidores e empresários, reduzindo o apetite por consumo e investimentos, o que pode resultar em uma desaceleração econômica mais acentuada.

Tradicionalmente, o Federal Reserve atuaria com cortes de juros para estimular a economia. No entanto, a inflação subjacente segue elevada, e as tarifas tendem a reforçar essa pressão de preços, reduzindo o espaço de atuação do banco central. Com isso, o cenário se caracteriza por baixo crescimento, inflação persistente e juros altos por mais tempo — uma combinação desfavorável para ativos de risco.

Para agravar o quadro, os valuations das empresas nos EUA permanecem elevados, enquanto o setor de tecnologia, que vinha sustentando grande parte do otimismo do mercado, dá sinais de desaceleração. Esse contexto tem elevado a volatilidade e gerado pressão vendedora nas bolsas americanas, impulsionando uma rotação de capital para outras regiões, como China, Europa e Brasil.

Desempenho no mês

 

Curva de Juros

Apesar da pressão negativa provocada pela alta da Taxa Selic, o mercado de ações brasileiro segue mostrando sinais de saúde, com valuations atrativos situados na faixa inferior das médias históricas. A elevação dos juros, resposta à inflação elevada e ao hiato do produto, não tem impedido o apetite por ativos locais.

Com a expectativa de um crescimento econômico mais moderado no horizonte, surgem perspectivas de menor pressão inflacionária. Esse cenário poderia limitar novos aumentos na Selic e até antecipar o início de um ciclo de cortes, o que tende a reduzir os prêmios de risco e valorizar os ativos brasileiros — especialmente se o ambiente internacional seguir favorável, com juros globais mais baixos e valuations dos EUA mais esticados.

Ainda é cedo para afirmar se vivemos um ponto de inflexão estrutural ou apenas um movimento cíclico, mas os sinais indicam uma possível mudança de regime para os mercados, no Brasil e no exterior. O principal risco para essa leitura seria uma recessão rápida e profunda nos Estados Unidos, capaz de reverter o atual movimento de diferenciação e acentuar a aversão a risco global.

 

Atualmente, mais de 70% da recuperação dos ativos brasileiros está ligada a fatores internacionais. 

O Banco Central elevou a Selic para 14,25%, em linha com o esperado, e sinalizou que os próximos ajustes podem ser mais brandos, mantendo margem para revisões conforme a evolução do cenário.

 

 
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Portfólio Global

O ambiente de mercado atual é marcado por valuations historicamente elevados e uma alta alocação no mercado acionário, sustentados por expectativas otimistas de crescimento econômico e lucros corporativos. No entanto, com o aumento das chances de desaceleração econômica — ou até mesmo uma possível recessão — os investidores passaram a exigir prêmios de risco maiores, pressionando os preços das ações para baixo.

Esse movimento foi intensificado por fatores técnicos, como o processo de desalavancagem de alguns hedge funds, além de uma mudança no sentimento pós-eleição. Sinais acumulados indicam que o mercado já precifica um cenário mais negativo para o crescimento. O desempenho fraco das ações ligadas à atividade econômica reflete esse novo ambiente. Se os EUA entrarem em recessão, a experiência histórica mostra que os impactos podem se espalhar rapidamente pelos mercados globais.

Dentro desse contexto, o valuation das “Mag7” — grupo de grandes empresas de tecnologia e growth — caiu ao menor patamar desde 2022-2023, atraindo a atenção de investidores em busca de oportunidades.

Em março, a decisão do Federal Reserve de manter os juros estáveis, combinada com a redução do ritmo do Quantitative Tightening (QT), foi interpretada como um sinal mais dovish. O presidente Jerome Powell reiterou que a inflação ainda é vista como transitória e que há espaço para aguardar novos dados antes de qualquer aperto adicional na política monetária.

Enquanto isso, a China se destaca positivamente. Após enfrentar sérios desafios com a bolha imobiliária e as restrições da pandemia, os dados de janeiro e fevereiro mostram uma recuperação econômica acima do esperado. O governo chinês tem adotado uma postura proativa para evitar novas desacelerações, impulsionando os mercados locais, que combinam valuations atrativos com um posicionamento técnico favorável.

Ainda assim, os investidores mantêm uma postura cautelosa, diante das incertezas relacionadas às políticas tarifárias de Donald Trump e seus potenciais efeitos sobre o comércio global.

Ainda assim, os investidores mantêm uma postura cautelosa, diante das incertezas relacionadas às políticas tarifárias de Donald Trump e seus potenciais efeitos sobre o comércio global.

 

ESTRATÉGIA: como estamos nos posicionando

Renda Fixa: Seguimos com uma alocação 100% pós-fixada, considerando os desafios locais e globais. As novas tarifas impostas por Trump e a instabilidade política têm gerado ruídos e pressionado a curva de juros no Brasil.

Empresas Internacionais: Seguimos com a mesma estratégia adotada em março, onde priorizamos empresas mais tradicionais, menos impactadas pelo cenário de incertezas econômicas e guerra tarifária. As escolhas para abril foram guiadas pelos resultados da última temporada de balanços e expectativa de reação positiva dos preços do petróleo nos mercados internacionais.


Carteira BDR 5+

A carteira BDR 5+ apresentou uma baixa de -2,91% no mês de março. No mesmo período, o Índice de BDRs (BDRX) obteve um desempenho negativo de -9,44%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade baixa de -14,10% contra uma baixa de -15,69%, no mesmo período, do Índice de BDRs (BDRx). Em relação ao mês de março, saíram as ações da Mercado Libre (MELI34). Com Inclusão das ações da Exxon Mobil (EXXO34).

A Carteira BDR 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice de BDRs Não Patrocinados-GLOBAL (BDRX) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas BDRs de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 1 milhão fazem parte do universo de escolhas.

Carteira RF+

A carteira RF+ apresentou uma alta de 0,94% no mês de março. No mesmo período, o CDI obteve um desempenho positivo de 0,91%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 3,08% contra uma alta de 2,94%, no mesmo período, do CDI. Em relação ao mês de março, não houve alteração na carteira.

A Carteira RF+ tem por objetivo superar a performance do CDI no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ETFs de Renda Fixa atrelados ao mercado brasileiro fazem parte do universo de escolhas. A carteira é elaborada com apoio e orientação do Estrategista Macro Roberto Motta.

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