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Carteira Recomendada de Ações – Janeiro 2025

Foto de perfil divertido com frase engraçadaFilipe Villegas
Estrategista de Ações

 

Acompanhe o conteúdo e veja as melhores ações para investir em janeiro de 2025.

2024 foi um ano extremamente desafiador para as ações brasileiras, marcado pela forte deterioração do cenário fiscal, que resultou na queda do mercado acionário, valorização do dólar e aumento da curva de juros. Esse cenário contrastou fortemente com os Estados Unidos, onde as bolsas alcançaram novas máximas históricas, impulsionadas por um ambiente econômico mais favorável e sólido.

Entramos em 2025 acompanhando as tendências estabelecidas no ano anterior, mas mantendo atenção a possíveis reversões de cenário em ambos os mercados. Nos investimentos internacionais, nosso foco permanece em setores estratégicos como tecnologia, inteligência artificial, criptoativos e ouro, que continuam apresentando potencial de valorização.

No mercado doméstico, priorizamos ações de alta liquidez, boas pagadoras de dividendos e empresas exportadoras, que demonstram maior resiliência frente às incertezas econômicas locais. Essas características são fundamentais para navegar o ambiente desafiador do Brasil, ao mesmo tempo em que buscamos oportunidades de equilíbrio entre risco e retorno.

A partir deste mês, novas recomendações, incluindo BDRs, ETFs e carteiras específicas para Renda Fixa e Cripto, estão disponíveis em nossa página abaixo. Essas iniciativas refletem nossa visão diversificada e o compromisso em oferecer soluções alinhadas às demandas de um cenário em constante transformação.

Desempenho no mês

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Valuation

O Ibovespa está sendo negociado a 6,8 vezes o preço/lucro (P/L) projetado para os próximos 12 meses, um patamar significativamente abaixo da sua média histórica de 10,8 vezes. Essa desvalorização relativa evidencia uma oportunidade potencial no mercado brasileiro, especialmente quando comparado aos seus padrões históricos.

Quando excluímos Petrobras e Vale, que possuem forte peso no índice, o P/L do Ibovespa sobe para 8,8 vezes, ainda assim abaixo da média histórica de 12,1 vezes. Isso demonstra que, mesmo desconsiderando essas duas gigantes, o mercado como um todo segue descontado.

As ações de empresas focadas na economia doméstica estão sendo negociadas a 8,0 vezes o P/L projetado, também abaixo da média histórica de 12,0 vezes. Esse nível de desconto reflete o impacto das incertezas econômicas locais, mas pode indicar potenciais ganhos caso o cenário interno se normalize.

Para empresas exportadoras, o P/L projetado é ainda mais baixo, 6,6 vezes, comparado à média histórica de 9,7 vezes. Esse dado destaca um desconto significativo para companhias que dependem menos do mercado doméstico e mais do cenário internacional, muitas vezes beneficiadas por uma moeda desvalorizada.

As Small Caps, conhecidas pelo potencial de crescimento elevado, estão sendo negociadas a 7,9 vezes o P/L projetado, muito abaixo da média histórica de 14,2 vezes. Essa desvalorização acentuada pode representar uma oportunidade atrativa para investidores dispostos a assumir maior risco em busca de retornos superiores no longo prazo.

De maneira geral, todos os segmentos do mercado brasileiro estão operando com múltiplos abaixo das suas médias históricas, refletindo o pessimismo atual, mas também abrindo espaço para potenciais reavaliações caso o cenário econômico melhore.

Curva de Juros

O Brasil inicia 2025 sem avanços significativos no campo político e econômico, o que continua pressionando o câmbio, os juros e a bolsa de valores. A falta de ajustes fiscais e o aperto da política monetária impactam negativamente as empresas cíclicas brasileiras, enquanto o país ainda carece de reformas estruturais para resolver o desequilíbrio fiscal.

A política monetária brasileira segue isolada na tarefa de conter a inflação, mas enfrenta o risco crescente de Dominância Fiscal, que limita sua eficácia e dificulta o controle de preços. Apesar das sinalizações de apoio de Lula ao Banco Central, o impacto é apenas paliativo, sem alterar o preocupante cenário de longo prazo.

Intervenções como recompra de títulos e operações cambiais aliviam momentaneamente as pressões, mas não solucionam a crise de confiança dos mercados. Os ajustes econômicos necessários são amplamente conhecidos, mas sua não implementação coloca o país em um beco quase sem saída.

 

Fluxo do Investidor na B3

Em dezembro, o mercado acionário brasileiro registrou uma entrada de capital estrangeiro de R$ 2,1 bilhões, interrompendo uma sequência de três meses consecutivos de saídas. Com isso, o saldo acumulado de capital estrangeiro em 2024 alcançou R$ 32,1 bilhões até o dia 23 de dezembro, evidenciando o interesse renovado dos investidores internacionais pelo mercado brasileiro.

Por outro lado, entre os investidores institucionais locais, o cenário foi oposto. Em dezembro, o segmento registrou saídas de capital de R$ 7,9 bilhões, a maior desde agosto deste ano. Esse foi o oitavo mês consecutivo de saídas líquidas, resultando em um saldo acumulado negativo de R$ 36,7 bilhões no ano, o que reflete a postura conservadora desses investidores diante de um ambiente econômico desafiador. Com esse resultado, o segmento institucional encerra 2024 como a classe com o maior fluxo de saída da bolsa.

Enquanto isso, os investidores pessoa física mantiveram uma postura compradora. Dezembro marcou o quarto mês consecutivo de entradas líquidas, com um saldo positivo de R$ 2,8 bilhões. No acumulado de 2024, os investidores individuais somam um saldo positivo de R$ 30,5 bilhões, reafirmando sua relevância no suporte ao mercado acionário, mesmo em um ano de volatilidade.

Esses dados refletem dinâmicas contrastantes no mercado: o retorno do apetite estrangeiro, a cautela dos institucionais e o crescente protagonismo dos investidores individuais.

 

 

ESTRATÉGIA: como estamos nos posicionando

(1) Empresas Exportadoras: Seguimos com maior exposição em empresas exportadoras, impulsionados pela valorização do dólar e pelo cenário desafiador no mercado de juros. Desde a divulgação do pacote de corte de gastos, o mercado brasileiro tem buscado essas empresas como um “porto seguro”. A dinâmica cambial favorece as receitas dessas companhias, enquanto sua menor dependência do mercado interno as torna menos vulneráveis às incertezas domésticas.

(2) Empresas Domésticas: Seguimos com exposição reduzida a empresas ligadas ao setor doméstico, especialmente aquelas mais sensíveis às expectativas de aumento da Selic, como construção civil e varejo. Dentro desse segmento, priorizamos empresas com alavancagem mais confortável, forte geração de caixa e que apresentaram sinais positivos na última temporada de balanços. Essa abordagem busca mitigar os riscos associados a um ambiente de juros elevados e potencial desaceleração econômica mais à frente, mantendo foco em companhias com maior capacidade de atravessar períodos adversos.

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Assimetria

O Ibovespa, assim como os índices de Small Caps, Dividendos e ISE, estão atualmente negociados entre o segundo e o terceiro desvio padrão negativos em relação a média de 6 meses. Esse posicionamento reflete um cenário de grande pessimismo e forte desvalorização dos ativos brasileiros, o que sugere uma assimetria positiva para a maioria das empresas listadas na bolsa.

A significativa deterioração dos ativos locais, incluindo bolsa, câmbio e juros, cria um ambiente de oportunidade rara, que não se observa com frequência nos últimos anos. Esse movimento, embora motivado por desafios econômicos e políticos, pode marcar um ponto de inflexão, especialmente no curto prazo, favorecendo um possível reequilíbrio nos preços dos ativos.

Apesar da postura conservadora, foi realizado um aumento no beta das carteiras, sinalizando uma maior exposição a riscos calculados. Essa estratégia busca aproveitar o potencial de recuperação do mercado diante de um cenário que combina valuations atrativos e oportunidades de alta. Embora o horizonte de longo prazo ainda exija cautela, a configuração atual apresenta um momento oportuno para ajustes táticos nas alocações.

 

Carteira recomendada de ações de janeiro: o que esperar?

Diante dos desafios do cenário econômico brasileiro, optamos por manter uma estratégia conservadora para nosso portfólio, priorizando resiliência e liquidez. Apesar disso, a identificação de uma assimetria positiva nos valuations nos levou a aumentar marginalmente nossa exposição ao risco, buscando capturar possíveis oportunidades de valorização no curto prazo.

Nosso foco principal permanece em empresas de grande capitalização, com alta liquidez. Essas características conferem menor volatilidade e maior capacidade de resistir às incertezas do mercado, alinhando-se à nossa abordagem de preservação de capital. Contudo, incluímos também exposições moderadas a ativos de maior risco, em setores com ciclos microeconômicos mais favoráveis e perspectivas de resultados positivos nos próximos trimestres. Essa estratégia reflete nosso compromisso em equilibrar segurança com potencial de retorno, mesmo em um contexto desafiador.

O ambiente de juros elevados no Brasil e as preocupações com a condução da política fiscal continuam justificando uma postura cautelosa. A recente divulgação do pacote de cortes de gastos, embora necessária, gerou incertezas adicionais, intensificando o movimento de fuga de capital das ações locais. Nesse cenário, priorizamos a minimização de riscos e mantemos uma análise constante das condições macroeconômicas, monitorando de perto eventuais sinais de melhoria que possam abrir novas oportunidades de investimento.

 

Carteira Ibovespa 10+

A carteira Ibovespa 10+ apresentou uma baixa de -3,12% no mês de dezembro. No mesmo período, o Ibovespa obteve um desempenho negativo de -4,28%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -24,85% contra uma baixa de -10,36% do Ibovespa. Em relação ao mês de dezembro, saíram as ações da CPFL Energia (CPFE3), Sabesp (SBSP3), SLC Agrícola (SLCE3) e Taesa (TAEE11). Com Inclusão das ações da Marfrig (MRFG3), Wilson Sons (PORT3), Porto Seguro (PSSA3) e Vulcabras (VULC3).

A Carteira Ibovespa 10+ tem por objetivo superar a performance do Ibovespa no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 1 milhão e pertencentes ao IBRA (Ìndice Brasil Amplo) fazem parte do universo de escolhas.

Carteira Ibovespa 5+

A carteira Ibovespa 5+ apresentou uma baixa de -3,17% no mês de dezembro. No mesmo período, o Ibovespa obteve um desempenho negativo de -4,28%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -26,83% contra uma baixa de -10,36% do Ibovespa. Em relação ao mês de dezembro, saíram as ações da Sabesp (SBSP3) e SLC Agrícola (SLCE3). Com Inclusão das ações da Itaú Unibanco (ITUB4) e Santander (SANB11).

A Carteira Ibovespa 5+ é divulgada mensamente no jornal Valor Econômico, e tem por objetivo superar a performance do Ibovespa no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 5 milhões e pertencentes ao Ibovespa fazem parte do universo de escolhas.

Carteira Small Caps 8+

A carteira Small Caps 8+ apresentou uma baixa de -6,69% no mês de dezembro. No mesmo período, o índice Small (SMLL) obteve um desempenho negativo de -7,83%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -27,56% contra uma baixa de -25,03%, no mesmo período, do índice Small (SMLL). Em relação ao mês de dezembro, saíram as ações da Alupar (ALUP11), Odontoprev (ODPV3) e Sanepar (SAPR11). Com Inclusão das ações da Lavvi (LAVV3), Tenda (TEND3) e Unipar (UNIP6).

A Carteira Small Caps 8+ tem por objetivo superar a performance do Índice Small (SMLL) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações pertencentes ao Índice de Small Caps (SMAL) e com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 3 milhões fazem parte do universo de escolha.

Carteira Micro Caps 5+

A carteira Micro Caps 5+ apresentou uma baixa de -13,26% no mês de dezembro. No mesmo período, o índice Small (SMLL) obteve um desempenho negativo de -7,83%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -35,40% contra uma baixa de -25,03%, no mesmo período, do índice Small (SMLL). Em relação ao mês de dezembro, saíram as ações da CVC (CVCB3). Com Inclusão das ações da Valid (VLID3).

A Carteira Micro Caps 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice Small (SMLL) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas cujo valor de mercado é de até R$ 2 bilhões e com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 1 milhão fazem parte do universo de escolha.

 

Carteira Dividendos 5+

A carteira Dividendos 5+ apresentou uma baixa de -3,56% no mês de dezembro. No mesmo período, o Índice Dividendos (IDIV) obteve um desempenho negativo de -4,89%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -14,56% contra uma baixa de -2,62%, no mesmo período, do Índice Dividendos (IDIV). Em relação ao mês de dezembro, não houve alterações na carteira.

A Carteira Dividendos 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice Dividendos (IDIV) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 10 milhões e pertencentes ao Índice de Dividendos (IDIV) fazem parte do universo de seleção.

ESG 5+

A carteira ESG 5+ apresentou uma baixa de -4,14% no mês de dezembro. No mesmo período, o Índice de Sustentabilidade (ISE) obteve um desempenho negativo de -6,77%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -26,28% contra uma baixa de -18,14%, no mesmo período, do Índice de Sustentabilidade (ISE). Em relação ao mês de dezembro, saíram as ações da Iguatemi (IGTI11). Com Inclusão das ações da Equatorial (EQTL3).

A Carteira ESG 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice de Sustentabilidade (ISEE) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 10 milhões e pertencentes ao Índice de Sustentabilidade (ISEE) fazem parte do universo de seleção.

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